Tabaco é pauta de encontro com o poder executivo e legislativo de Santa Cruz do Sul

21 . FEV . 2025 Releases

Fevereiro 2025 – Com o objetivo de informar o executivo e o legislativo municipal sobre o cenário do setor do tabaco, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) recebeu nesta sexta-feira, 21 de fevereiro, o vice-prefeito de Santa Cruz do Sul, Alex Knak, secretários municipais e vereadores, além do deputado federal Marcelo Moraes, e da deputada estadual, Kelly Moraes.

O encontro, de caráter institucional, foi uma iniciativa da diretoria do SindiTabaco. “Santa Cruz do Sul sedia boa parte das empresas associadas da nossa entidade e o tabaco é essencial para a economia do município. Nesse sentido, é sempre importante estreitarmos a relação e mantermos as lideranças municipais informadas sobre a dimensão e os desafios do nosso setor”, disse Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco. Ele apresentou a estrutura do sindicato, os programas sociais e ambientais promovidos pela entidade e os principais resultados da safra e da exportação em 2024.

“A média histórica demonstra que temos tido uma demanda estável pelo tabaco brasileiro. Mas é importante lembrar que o Brasil tem concorrentes com capacidade para aumentar a produção. Por isso, é essencial mantermos a qualidade e a integridade do produto, seguir as boas práticas agrícolas e manter o produto competitivo no mercado global”, comentou Thesing ao defender a união de todos os representantes da cadeia produtiva.

Thesing também destacou os desafios e as principais pautas do setor junto ao governo federal. “Hoje, representamos em torno de 30% do mercado global, mas precisamos estar atentos ao comportamento dos consumidores, que estão optando pelos novos produtos. No Brasil, eles são 100% de origem ilegal. A defesa pela regulamentação é um tema especialmente importante para Santa Cruz do Sul e região, pelo potencial incremento de geração de renda, impostos e empregos. Olhar para os novos produtos e defender a participação da cadeia produtiva estabelecida aqui no Brasil neste novo negócio global é também olhar para o futuro da nossa cidade e região”, complementou Thesing.

Segundo o executivo, o uso de dispositivos com nicotina líquida já representa 20% do mercado mundial e a sua produção necessita da matéria-prima que a região tem em abundância: tabaco. “A tecnologia para extração da nicotina está disponível no mundo inteiro. China e Índia estão na vanguarda deste novo mercado, enquanto o Brasil, que é o segundo maior produtor e o maior exportador da folha, está parado no tempo, mesmo tendo um parque industrial instalado e matéria-prima disponível. Esse é um mercado que está em ampla expansão e já tem um faturamento anual estimado em US$ 320 milhões. Mais de 100 países já regulamentaram o uso destes produtos e este é o mercado potencial que estamos perdendo”, comentou.

O deputado federal, Marcelo Moraes, falou sobre as mobilizações realizadas em Brasília na defesa da cadeia produtiva e reiterou a posição do prefeito Sérgio Moraes sobre o tema. “O tabaco é o que vai manter a nossa região forte e reconhecemos que esse é o carro-chefe da economia da nossa região”, comentou.

Já a deputada estadual, Kelly Moraes, sugeriu que um encontro seja realizado também na Assembleia Legislativa, visando subsidiar os deputados estaduais com informações acerca do setor. “O tabaco é nosso dever de casa. Estamos sempre à disposição”, reforçou.

CONTRAPONTO NECESSÁRIO
O presidente do SindiTabaco apresentou ao grupo o paper Assunto controverso, contraponto necessário. Em 54 páginas, o documento disponível em português e inglês aborda a história do tabaco no Brasil e os principais números da cadeia produtiva, mas também contrapõe questões sociais e ambientais relacionadas à agricultura familiar.

  • Renda: pesquisas apontam que 80% de quem produz tabaco pertence às classes sociais A e B, enquanto a média geral brasileira nesses estratos não chega a 25%;
  • Diversificação: programa incentivado pelas empresas do SindiTabaco tem rendido aos produtores ganhos extras que chegaram, em média, a R$ 700 milhões por ano.
  • Reflorestamento: cerca de 20% da área média das propriedades é coberta por mata nativa e mais de 11% de plantio florestal para atender às necessidades de lenha.
  • Boas práticas: 74% dos produtores aplicam técnicas conservacionistas no preparo do solo;
  • Uso de agrotóxicos: o tabaco está entre as culturas que menos demandam agrotóxicos, com apenas 1,01 quilo de ingrediente ativo por hectare.
  • Saúde e segurança: 98% dos produtores estão bem informados sobre a colheita segura e 95,6% já fizeram curso sobre manejo seguro de agrotóxico.
  • Combate ao trabalho infantil: censo de 2010 apontou que foi nas propriedades com produção de tabaco o maior índice de redução do trabalho infantil no País, em comparação com o censo anterior. Iniciativas do setor para a proteção da criança e do adolescente são reconhecidas nacional e internacionalmente, como é o caso do Instituto Crescer Legal que já soma mais de mil adolescentes beneficiados desde sua fundação, em 2015.


Sobre o SindiTabaco
Fundado em 24 de junho de 1947, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) tem sede em Santa Cruz do Sul (RS), no Vale do Rio Pardo, maior polo de produção e beneficiamento de tabaco do mundo. Inicialmente como Sindicato da Indústria do Fumo, a entidade ampliou sua atuação ao longo dos anos e, desde 2010, passou a abranger todo o território nacional, exceto Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Com 14 empresas associadas, as ações da entidade se concentram especialmente na Região Sul do País, onde 94% do tabaco brasileiro é produzido, com o envolvimento de 626 mil pessoas no meio rural, em 509 municípios. Saiba mais em www.sinditabaco.com.br

Contato com a imprensa
AND,ALL
Daniella Turano – daniella.turano@andall.ag – (11) 98596-7477
Eliana Stülp Kroth – eliana.stulp@andall.ag – (51) 99667-7405
Roberta Sena – roberta.sena@andall.ag – (11) 98435-6712