Um dos objetivos do Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT) é a garantia da qualidade e integridade do produto, condições importantes para a realização de bons negócios e a manutenção do Brasil como líder mundial em exportações de tabaco há três décadas. São diversas as boas práticas recomendas no processo que vai desde o cultivo das mudas até a comercialização das folhas enfardadas às empresas integradoras. Uso de sementes certificadas, manejos corretos e utilização de defensivos recomendados somente quando necessário e nas quantidades adequadas são algumas das exigências dos clientes compradores do tabaco brasileiro.
Ao realizar boas práticas, o produtor garante a valorização do seu produto e contribui com a manutenção do reconhecimento do tabaco brasileiro como referência mundial. Depois de fazer todo o cultivo e cura da forma correta, o preparo dos fardos deve seguir o padrão do setor para manter a excelência até a ponta final do processo de produção. Para uma comercialização rentável, é fundamental que o tabaco seja bem classificado e livre de impurezas. Por isso, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e suas empresas associadas produziram um vídeo e um folder mostrando como deve ser feito o enfardamento com folhas soltas.
RECOMENDAÇÕES
– Classifique o tabaco em um lugar limpo e bem iluminado. Separe corretamente as folhas por posição, cor e qualidade.
– Retire todo o material estranho (impurezas), como penas de aves, plásticos, capim e outros.
– O enfardamento pode ser feito de duas maneiras: folhas manocadas ou tabaco solto e alinhado.
– Ao fazer fardos com folhas soltas, os talos devem ficar bem alinhados e voltados para as extremidades da caixa prensa. Para dar mais firmeza, intercale camadas internas de folhas no centro do fardo.
– Utilize cinco fios na amarração, sendo fios duplos em cada extremidade e três na parte central do fardo.
– Cuide para que não haja excesso de umidade.
– Um fardo padrão deve ter peso médio de 50 quilos.
– Para evitar problemas na comercialização, não misture classes diferente em um mesmo fardo. Essa prática caracteriza recheio inapropriado.
– Todos os fardos devem conter a cartela de identificação fornecida pela empresa, cujo código permite rastrear o fardo desde sua origem até o destino final.
– Siga sempre as orientações técnicas e os manejos recomendados pela empresa integradora.
APOIO – A ação de conscientização sobre a importância das boas práticas na cultura do tabaco conta com o apoio da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faesc/Senar), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc), Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep).