Em março teve início uma nova etapa na vida de 161 jovens filhos de produtores de tabaco dos municípios gaúchos de Agudo, Canguçu, Novo Cabrais, Progresso, Rio Pardo e São Lourenço do Sul, e de Itaiópolis, em Santa Catarina. Eles começaram o curso de empreendedorismo e gestão rural, do Programa de Aprendizagem Profissional Rural do Instituto Crescer Legal. Contratados como jovens aprendizes pelas empresas associadas, eles terão 800 horas de atividades de desenvolvimento pessoal e profissional em curso no turno oposto ao das aulas do ensino regular.
Na programação está um ano recheado de atividades especiais, que vão de viagens de estudo, participação em eventos, encontros com empreendedores rurais de sucesso, pesquisas sobre suas comunidades e suas propriedades e a elaboração de projetos de vida. Todas as atividades são conduzidas pelos educadores de referência de cada turma com suporte da equipe administrativa e pedagógica do Crescer Legal. Os educadores são profissionais de diversas áreas do conhecimento e comprometidos em proporcionar um ambiente propício à abertura de novos horizontes aos jovens rurais.
CONHEÇA OS EDUCADORES
Adriane, em Itaiópolis
A engenheira florestal e formada em Matemática Licenciatura, Adriane Partala Alves da Silva, está começando uma nova experiência profissional como educadora social. Ela se juntou à equipe do Instituto Crescer Legal para ser educadora referência da turma de Itaiópolis, em Santa Catarina. Segundo Adriane, a expectativa é de um ano de sucesso junto aos jovens aprendizes catarinenses. “Quero passar todo o conhecimento possível aos adolescentes participantes para que eles cheguem ao final do curso realizados, com novos conhecimentos e com melhores perspectivas da vida”, explica. “Tenho certeza que será uma troca, pois aprenderei muito com eles também”, conclui.
Débora, em Progresso
Educadora social com trajetória de mais de cinco anos no Instituto Crescer Legal, em 2023 Débora Berghahnn é novamente educadora referência da turma de Progresso. Ela também já atuou em Boqueirão do Leão e Santa Cruz do Sul e é conhecida por contagiar os aprendizes com seu entusiasmo acerca do setor rural. Com formações técnicas em Agropecuária e Agroindústria e bacharelado em Ciências Contábeis, Débora é também presidente da Cooperativa Leoboqueirense de Agricultores Familiares (Cooperlaf). Para ela, a experiência como educadora tem transformado seu olhar, pois fundamenta a empatia e fortalece o vínculo com os jovens e seu convívio com o meio rural. “Sinto cada vez mais plena valorização pelo meu trabalho e a contribuição que educadores exercem na construção de cidadania de outras pessoas”, acrescenta.
Ana Beatriz, em Canguçu
A pesquisadora e doutoranda em Educação, Ana Beatriz Devantier Henzel, está começando seu novo desafio profissional como educadora da turma de Canguçu. Ela é também mestre em Agronomia e possui três graduações: bacharelado em Administração e bacharelado e licenciatura em Ciências Biológicas. Nos últimos oito anos, ela tem se dedicado à pesquisa científica, como bolsista da Fapergs (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RS), Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). “Espero que 2023 seja um ano de muito aprendizado, transformação, conquista, união e paz e que no final dele estejamos transbordando de orgulho e alegria”, diz.
André, em Agudo e Novo Cabrais
Com mais de cinco anos de atuação junto ao Instituto Crescer Legal, André Tiago Skolaude, é educador referência de duas turmas: Agudo e Novo Cabrais. Técnico Agrícola e graduado em Gestão Ambiental, recentemente ele concluiu a licenciatura em Educação do Campo, pois buscou a formação para contribuir ainda mais com sua atuação pedagógica junto aos aprendizes. André já atuou em Candelária, Cerro Branco e Paraíso do Sul, sendo em alguns períodos com duas turmas concomitantes. “Para mim, o trabalho no Instituto é empolgante, me motiva, me cativa e faz meus olhos brilharem”, conta. “Eu nunca havia planejado atuar da maneira como faço hoje. E já não me vejo mais sem esse trabalho, que me faz bem, que transforma as pessoas com quem a gente trabalha e transforma a gente também”, acrescenta.
Tagiani, em Rio Pardo
Em seu terceiro ano como educadora social, a psicóloga e mestre em Educação, Tagiani Brizolla de Moura Goulart, é referência da turma de Rio Pardo e já atuou também em Herveiras. Em 2023, atuará também no Programa de Boas Práticas de Empreendedorismo para a Educação. Para Tagiani, a palavra que resume sua experiência no Crescer Legal é transformação. “No Instituto, é possível ver a teoria ganhando formas, tornando-a realidade”, afirma. “Ser educadora social me proporciona viver experiências únicas. É gratificante ver o progresso de cada jovem, em diversos lugares, na escola, na família, na comunidade e individualmente”, declara. “Trabalhar com jovens é motivador, eles alimentam os sonhos e fazem ver que o mundo pode ser diferente”, comenta. “Aprendi muito como educadora, principalmente a valorizar o lugar que vivo e, assim como os jovens, ver as múltiplas possibilidades do meio rural”, finaliza.
Adriano, em São Lourenço do Sul
O geógrafo, mestre em Desenvolvimento Regional e doutorando em Educação e Tecnologia, Adriano Emmel, é educador referência da turma de São Lourenço do Sul e também no Programa de Boas Práticas de Empreendedorismo para a Educação, direcionado a professores de escolas do campo. No Instituto Crescer Legal desde 2016, é o educador social há mais tempo na função e já atuou em Vale do Sol, Herveiras e Canguçu. Para ele, ser educador permite realizar um trabalho gratificante, contribuindo com a aprendizagem dos jovens rurais. “Desperta nesses jovens um olhar de valorização para o campo, de novas possibilidades, formas de empreender e concretizar sonhos”, diz. “Além de ensinar, aprendemos muito com os aprendizes, suas famílias e comunidades. Essa sinergia, esse vínculo, potencializa nosso trabalho e torna-o mais significativo”, conclui.
