No dia 11 de janeiro é celebrado o Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos. A data foi criada em 1990 para conscientizar sobre os riscos para a saúde e o meio ambiente quando há o uso dessas substâncias, também conhecidas como agroquímicos, defensivos, pesticidas e praguicidas. No setor do tabaco, a data é de comemoração, uma vez que está entre as culturas comerciais que menos demandam agrotóxicos.
Estudos realizados por instituições respeitadas demonstram que as lavouras de tabaco usam pouco mais de 1 quilo de ingrediente ativo por hectare (kg/IA/ha). Um deles, realizado em 2016 por professores da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), mostrou que a plantação de tomates usava 46,8 quilos de ingrediente ativo por hectare (kg/IA/ha), seguido da maçã (39,1 kg/IA/ha) e da batata inglesa (31,6 kg/IA/ha). O tabaco aparecia em penúltimo lugar em uma lista de 19 culturas, com 1,01 kg/IA/ha, perdendo apenas para a banana (0,48 kg/IA/ha).
Outro dado que merece ênfase no Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos é o de que os produtos usados no tabaco são menos tóxicos. A análise realizada pelos docentes da Esalq/USP, José Otávio Menten e Lourival Carmo Monaco Neto, mostrou que os defensivos da lavoura de fumo são menos danosos. Conforme os especialistas, há uma significativa diferença entre as classes de defensivos, sendo os herbicidas os menos tóxicos, seguidos pelos fungicidas, acaricidas e inseticidas. Na cultura do tabaco, da quantidade demandada, 62% é de herbicidas, a classe de menor toxicidade.
A reduzida utilização de agrotóxicos na cultura do tabaco é resultado de investimentos em estudos e pesquisas para o desenvolvimento de ingredientes ativos mais eficientes para a plantação. Com produtos mais avançados, houve a consequente redução nas necessidades de uso, com diminuição gradativa ao longo das últimas décadas. Para conferir os relatórios das pesquisas sobre o uso de agrotóxicos, CLIQUE AQUI.