As expectativas são de que o setor do tabaco possa produzir e exportar sem interferências negativas por parte do governo. Essa disposição para “deixar o setor trabalhar” tem sido reiterada pelo secretário da Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fernando Henrique Kohlmann Schwanke em palestras e audiências com representantes da cadeia produtiva.
Em entrevista para a publicação SindiTabaco News, ele disse que o tabaco terá o mesmo tratamento das demais cadeias produtivas, com reconhecimento da sua importância social e econômica dentro do setor primário brasileiro. Schwanke também falou que a ideia é garantir a tranquilidade necessária para que a cadeia trabalhe e continue gerando divisas para o Brasil. “O governo quer menos interferência governamental nos setores produtivos, como a ministra Tereza Cristina tem reiterado. Queremos que todos produzam, gerem renda e empregos e que o Brasil cresça”, reforçou.
Outro aspecto apontado por Schwanke é a importância das pequenas e médias propriedades rurais para o agronegócio brasileiro, pois geram renda, divisas e empregos. “São 4,5 milhões de estabelecimentos rurais, 20 milhões de pessoas que estão produzindo para as cidades e o mundo se alimentarem”, comentou. “O PIB da agricultura familiar quase dobrou nos últimos 10 anos, saltou de R$ 35 bilhões para R$ 66 bilhões de 2007 a 2017”, acrescentou. “Setores como o tabaco, uva e vinho, leite, suínos, aves, frutas, hortigranjeiros e flores são produções da agricultura familiar”, completou, lembrando que a dita agricultura empresarial do Brasil tem a sua raiz na agricultura familiar do sul do país.”