Dionas e Fabiane Schroeder, de Vale do Sol/RS, representaram os 68 mil produtores rurais gaúchos na cerimônia de Abertura Oficial da Colheita do Tabaco, evento realizado dia 8 de novembro de 2024, no Parque da Expoagro Afubra, em Rio Pardo/RS. Nesta safra, eles plantaram e realizaram todas as boas práticas para o desenvolvimento dos 140 mil pés de tabaco, ocupando 8 dos 16 hectares de lavoura da propriedade.
Da sua lavoura, o casal espera produzir 30 mil quilos de folhas curadas. Depois de meses de trabalho com preparo da terra, plantio, tratos culturais, agora é hora da colheita. Ainda vem a cura, a separação por classes, o enfardamento e a venda à indústria de beneficiamento. Tudo é feito pelo casal, com uso de máquinas modernas e o auxílio de diaristas durante os períodos de maior demanda de mão de obra.
Dionas e Fabiane herdaram o gosto pela lida no tabaco dos seus pais. Dionas é sucessor de Oladi e Marli Schroeder, casal que é referência regional pela inovação e tecnologia da produção e qualidade do tabaco. E Fabiane é filha de Ireneu (já falecido) e Sali Schroeder, também produtores vale-solenses com história próspera na produção de tabaco.
Diversificados e adeptos de tecnologias, eles dizem que seguiram na atividade que faz parte da história da localidade e de suas famílias porque é a cultura que dá mais renda nas pequenas propriedades. “Com o tabaco, se vive bem, com qualidade de vida”, disse Dionas. “Tudo o que temos hoje, conquistamos com a produção tabaco”, completou Fabiane.
A estrutura da propriedade do casal conta com cinco estufas – sendo três de folha solta -, dois tratores e outros implementos automatizados que facilitam o trabalho no preparo da terra, cultivo e cura do tabaco. Além disso, lavouras de milho e outros grãos, horta, criação de bovinos e galinhas são as demais culturas dos diversificados empreendedores do campo.
CERIMÔNIA OFICIAL
Realizada pelo governo do Rio Grande do Sul, por meio das secretarias de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), com o apoio do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a Abertura da Colheita do Tabaco é um evento oficial do calendário gaúcho. Neste ano, o ato
reuniu manifestações em apoio ao setor no Brasil. O presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, disse que o momento festivo homenageia o trabalho de homens e mulheres que geram riqueza para os municípios e o Estado. “Essa cultura centenária gera renda e emprego, divisas e tributos”, acrescentou. É tempo de renovar a fortaleza do nosso Sistema Integrado de Produção, que mantém o Brasil na liderança do mercado mundial de tabaco”, salientou.
O presidente da Afubra, Marcilio Drescher, falou que os produtores iniciam a colheita com esperança de que o fruto do seu trabalho seja reconhecido. O prefeito de Canguçu, Marcus Vinícius Pegoraro, presidente da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (AmproTabaco), acrescentou que o tabaco transformou para melhor a realidade dos municípios. E o coordenador da Câmara da Cadeia do Tabaco do RS e vice-presidente da Afubra, Romeu Schneider, falou da necessidade da defesa do setor nas esferas governamentais.
O representante da Assembleia Legislativa, deputado estadual Edivilson Brum, destacou a importância do tabaco nas exportações. Já o deputado federal Heitor Schuch lembrou dos danos causados ao setor pelo comércio ilegal. Por sua vez, o secretário de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti, citou a relevância do tabaco, que é um dos principais produtos de exportação da agricultura gaúcha. E o titular da Seapi, Clair Kuhn, falou sobre a política pública de solo e de irrigação, dizendo que é imposto gerado pelos produtores retornando para que continuem produzindo.