Ser agricultor é trabalhar em um escritório a céu aberto. Vivemos sempre na expectativa de como será o dia de amanhã. Será que vai chover? Tomara que o tempo abra! Tem previsão de geada pra amanhã? Tomara que não dê granizo nessa safra. São tantos os questionamentos do agricultor, pois somos totalmente dependentes do clima.
Enquanto o Rio Grande do Sul sofria com chuvas em excesso, nós, aqui no Paraná e grande parte de Santa Catarina sofríamos com a falta dela. Aqui em Ivaí, no Paraná, estávamos há mais de 70 dias sem uma chuva boa, preocupados com os mais de 220 mil pés de tabaco para plantar. Mas no dia 19 de agosto a chuva veio, cerca de 30 milímetros! Ficamos animados, pois agora poderíamos realizar o plantio e passar os defensivos.
Falando neles, quero deixar um alerta a todos produtores quanto ao uso do EPI (o Equipamento de Proteção Individual). Às vezes temos preguiça de colocá-los ou achamos desconfortável utilizá-los, mas os EPIs têm por finalidade diminuir os riscos de contaminação do trabalhador na aplicação de defensivos agrícolas, por isso é extremamente importante vesti-lo. E para vesti-lo também devemos nos atentar ao jeito correto, seguindo a ordem:
E para retirar temos uma outra ordem:
Todos nós sabemos que é incômodo usá-lo, mas eu te pergunto: é melhor sofrer um pouco com o calor ou mais a frente ter algum problema de saúde por não ter utilizado o EPI lá atrás?
E mais um detalhe: já vi agricultores que utilizam o EPI durante a aplicação, porém na hora de preparar a calda acabam não vestindo ele por completo, um erro grave já que nesse momento é onde corremos mais riscos considerando que o defensivo está na sua forma mais concentrada.
Repito mais uma vez: utilizem sempre o EPI completo para fazer a aplicação de qualquer defensivo, porque é a nossa saúde que está em risco. Pode parecer um exagero toda essa vestimenta, mas foram feitos inúmeros testes até chegarem ao equipamento que utilizamos hoje para nos proteger.
MÊS NA PROPRIEDADE DOS REBINSKI
Agosto foi o mês de adubar a terra, fazer os últimos tratos culturais nos canteiros antes de levar as mudas para a lavoura. Iniciamos o transplante plantando e molhando algumas mudas que estavam maiores e tivemos que aguardar a chegada da chuva para realizarmos o transplante do restante.
Chegamos mais uma vez ao final da minha coluna mensal e deixo novamente o convite a você leitor a conhecer a página Fumicultores do Brasil no Facebook, onde tratamos destes e de outros assuntos. Nos vemos em setembro! Forte abraço e até lá!
Produtor de tabaco de Ivaí, município localizado na região sudeste do Paraná. Agricultor desde os 18 anos, aos 20 anos criou a fanpage Fumicultores do Brasil e desde então vem desempenhando um trabalho de divulgação sobre a produção de tabaco e a agricultura familiar. Atualmente a página no Facebook administrada por ele conta com mais de 300 mil seguidores.