O prefeito de Canguçu (RS), Marcus Vinicius Müller Pegoraro, foi eleito presidente da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco) para a gestão 2021/2022. A nova diretoria da entidade foi empossada em abril e tem como vice-presidentes os prefeitos Gervásio Maciel (Ituporanga/SC), Helena Hermany (Santa Cruz do Sul/RS) e Abimael do Valle (São João do Triunfo/PR). O secretário é Rudinei Harter (São Lourenço do Sul/RS), o vice-secretário é Leandro Jasinski (Rio Azul/PR), o tesoureiro é Carlos Schuck (Vale Verde/RS) e o vice-tesoureiro é Jarbas da Rosa (Venâncio Aires/RS). O conselho fiscal é composto pelos prefeitos Marciano Ravanello (Arroio do Tigre/RS), Edivilson Brum (Rio Pardo/RS), Ivo Ferreira (Camaquã/RS), Maiquel Silva (Vale do Sol/RS), Luiz Saliba (Papanduva/SC) e Gilberto dos Passos (Canoinhas/SC). E o secretário executivo é Guido Hoff, ex-prefeito de Vera Cruz.
Ao assumir a presidência da Amprotabaco, Pegoraro defendeu um maior protagonismo da entidade e a ampliação da sua representatividade. “Os prefeitos já sabem da importância econômica e social do setor. Buscamos agora assumir um protagonismo maior na apresentação desta cadeia produtiva e uma interlocução para interesse de todo o setor, sem priorizar nenhum dos elos de forma específica”, disse. “O combate ao contrabando e as novas tecnologias e produtos de tabaco são temas que devem ser aprofundados pela entidade”, anunciou no ato da posse, realizado virtualmente.
Para saber mais sobre a atuação da Amprotabaco nos próximos dois anos, leia abaixo a entrevista dada pelo presidente da Associação ao Blog Empreendedores do Campo:
A Amprotabaco tem uma grande representatividade nos três estados do Sul do Brasil. Qual é a importância da Associação e qual o trabalho que será feito para ampliar cada vez mais o número de municípios associados?
Prefeito Marcus Pegoraro: A Associação dos Municípios Produtores de Tabaco tem tido ao longo dos anos um papel importante no necessário diálogo entre o poder público, os produtores, as empresas e a sociedade. Na minha gestão, pretendo trabalhar para reforçar o papel de todos esses agentes. Acredito que a busca pela ampliação do número de municípios associados à Amprotabaco deve ser constante, de forma a aumentar cada vez mais a representatividade da entidade e, por consequência, das pautas por ela defendidas. Na busca desse objetivo pretendo divulgar as atividades da entidade e realizar uma busca ativa por municípios que também tenham a produção de tabaco como uma de suas prioridades.
Quais as pautas que a Amprotabaco pretende defender em sua gestão?
Prefeito Marcus Pegoraro: As pautas da Associação são múltiplas e todas merecerão a minha dedicação. Mas, prioritariamente, devemos buscar assumir um protagonismo maior na apresentação desta produção, fortalecer essa interlocução para demonstrar com clareza o que ela representa para as mais de 584.695 pessoas que estão inseridas na cadeia produtiva. Além disso, o combate ao contrabando e o debate sobre novas tecnologias e produtos de tabaco são temas que devem ser aprofundados pela entidade.
Os prefeitos associados normalmente reconhecem a importância do tabaco para seus municípios. Quais são as mensagens que deixaria para quem não conhece esse agronegócio?
Prefeito Marcus Pegoraro: É normal dentro da sociedade termos opiniões divergentes sobre muitas matérias, no entanto, para defender uma ideia, é necessário antes que se conheça o assunto sobre o qual iremos nos posicionar. Infelizmente, o que vejo hoje é muita desinformação envolvendo a produção do tabaco, pois a maioria das pessoas não conhece a importância desse trabalho para a economia dos municípios envolvidos e também, muito especialmente, para a manutenção das propriedades rurais produtoras. Além disso, desconhecem a existência de um sistema rígido de controle sanitário, ambiental e social envolvido na cadeia produtiva do tabaco, a qual precisa ser analisada de forma independente a pauta antitabagista.
Qual o posicionamento da Amprotabaco diante do tema mercado ilegal?
Prefeito Marcus Pegoraro: A responsabilidade de ser gestor público sempre me levará a uma posição contrária a qualquer atividade ilegal e na questão do tabaco não poderia ser diferente. O mercado ilegal, nesse caso, tem representado não apenas perdas financeiras para o poder público e a concorrência desleal com as empresas e os produtores regulares, mas também um grave risco à saúde da população, o que torna a pauta uma prioridade da associação.