Eliminar a desigualdade de gênero é um caminho que ainda precisa de atenção. Por isso, o calendário possui a data de 26 de agosto como o Dia Internacional da Igualdade Feminina. O objetivo é promover o debate a respeito da equidade nas mais diferentes esferas da sociedade. E, questões sobre a condição feminina das mulheres rurais são temas dos programas de rádio produzidos pelo ‘Nós por Elas – A voz feminina do campo’, uma ação do Instituto Crescer Legal em parceria com o curso de Comunicação da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).
Neste ano, na quinta edição do Nós por Elas, cinco meninas adolescentes estão, desde o começo de agosto, empenhadas em pesquisas e novos conhecimentos visando a produção de programas de rádio. Em 2021, depois de ter uma edição totalmente virtual em 2020, o programa está sendo realizado em formato híbrido, com parte das atividades realizadas remotamente e parte na universidade. São dois encontros semanais nos espaços da Universidade e atividades remotas de pesquisa e coleta de dados nos demais dias.
Assim como em outras edições, o material produzido será veiculado em programações de rádio de entidades parceiras do Instituto, além de ser disponibilizado para download livre no site do Instituto. Neste ano, as vozes femininas que você vai ouvir serão de Elisangela Inês de Carvalho e Suzan Gabrielle da Mota Thomas, de Vera Cruz; Hayssa Nathália da Silva Severo, de Sinimbu; Janaina Isabel da Cruz, de Vale do Sol; e Luana Schmidt Jochims, de Passo do Sobrado.
Para o professor Leonel Aires, coordenador do Nós por Elas pela Unisc, o projeto possibilita que as meninas saiam do seu ambiente e, ao mesmo tempo, contem coisas sobre esse universo, de como é a vida no campo, sobretudo, da adolescente e da mulher. “O projeto tem a marca da inclusão por permitir, a partir do rádio, que essas meninas tenham acesso, tenham voz, consigam expor o que pensam sobre o mundo e quais são suas percepções sobre a realidade que as cercam e mesmo sobre outras questões que estão fora do seu âmbito do espaço de vivência”, diz.
Conforme Aires, os bons resultados têm sido percebidos desde a primeira edição, pois as jovens se envolvem com muita responsabilidade e seriedade e produzem programas descortinando realidades e trazendo para o grande público o olhar sobre o mundo de uma ótica de mulheres que são do meio rural. “As quatro edições anteriores foram todas, à sua maneira, muito interessantes, renderam programas de muita qualidade e, ao final de cada ano, nós chegamos à conclusão que houve crescimento em termos de maturidade, autopercepção e percepção do mundo”, constata.
Sobre o formato híbrido, o professor coordenador explica que as experiências obtidas nas edições virtual e presenciais facilitam o trabalho por já haver conhecimento das tecnologias que permitem produzir conteúdo de áudio de qualidade para ser editado e transformado em programa a ser exibido nas emissoras. “Temos encontros presenciais dentro da universidade e já temos também uma certa expertise no que diz respeito à produção de conteúdo de áudio usando smartphones, o que dá condições de trabalhar remotamente e produzir programas de qualidade”, comenta Leonel Aires.
PARA LEMBRAR – Enquanto as gurias da edição de 2021 do Nós por Elas realizam estudos e pesquisam para produzir os próximos programas, que tal ouvir os boletins que resultaram das edições anteriores? Clique AQUI