Tabaco e agrotóxicos: mitos e fatos

Neste Dia do Campo Limpo, conheça a realidade sobre o uso de defensivos na produção de tabaco.

A cultura do tabaco é frequentemente associada a temas sobre poluição por agrotóxicos, com afirmações inverídicas de que há demasiada aplicação de defensivos. Porém, a realidade é de baixa demanda, com apenas 1,01 quilo de ingrediente ativo por hectare cultivado com tabaco. O número coloca o setor, segundo quatro diferentes pesquisas, entre os que menos utilizam agrotóxicos.  E há um programa de logística reversa das embalagens dos produtos usados, pelo qual o setor promove o recebimento itinerante e o envio dos recipientes vazios ao destino correto.

Neste mês em que se comemora o Dia Nacional do Campo Limpo (18 de agosto), o Blog Empreendedores do Campo traz esclarecimentos sobre os mitos e fatos que cercam a temática. A orientação para o uso de agroquímicos é feita por técnicos agrícolas da indústria integradora, de acordo com as recomendações do fabricante, e o uso de defensivos ocorre somente quando há real necessidade. Quando prescritos, são sempre produtos que tenham a menor toxicidade possível e devidamente registrados pelos órgãos governamentais competentes. 

Como resultado da conscientização e das ações realizadas, chegou-se ao índice de 98,9% dos produtores de tabaco praticando a devolução das embalagens tríplice lavadas ao Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos. Também, 97,5% possuem depósito específico para os agrotóxicos, segundo pesquisa realizada pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CEPA/Ufrgs). Além disso, 99,6% dos produtores possuem EPIs para manejo de agrotóxicos e 95,6% possuem certificação da Norma Regulamentadora 31, sobre Aplicação Correta e Segura.

Em entrevista publicada no paper “Assunto controverso, contraponto necessário”, o presidente do SindiTabaco, engenheiro agrônomo Iro Schünke, esclarece diversas informações divulgadas erroneamente e reproduzidas sem a confirmação dos fatos. Ele lembra que a comprovação de que o tabaco é um dos produtos agrícolas que menos usa agrotóxicos foi feita pelas pesquisas realizadas por professores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindveg). “Por ter um produto final controverso, a cadeia produtiva do tabaco fica mais vulnerável a ataques”, diz.

Ao falar sobre a toxicidade, Iro Schünke esclarece o mito. “Quando consideramos as classes toxicológicas dos produtos empregados, a sua quase totalidade está classificada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nas categorias 4 e 5, ou seja, produto pouco tóxico e produto improvável de causar dano agudo (ambas de faixa azul) e categoria produto não classificado (faixa verde)”, explica. “Nenhum produto da faixa vermelha – a mais tóxica – é recomendado por nossas associadas aos produtores de tabaco”, assegura.

Outras falsas narrativas, como o do uso de organofosforados, são esclarecidas pelo executivo, que fala também sobre os EPIs usados, a logística reversa das embalagens vazias e as orientações para que os produtores usem apenas os agrotóxicos recomendados e nas quantidades indicadas. As questões sobre o tema agrotóxicos estão nas páginas 32 a 37 do paper “Assunto controverso, contraponto necessário”, onde pode ser conferida a entrevista com Iro Schünke. CLIQUE AQUI E LEIA

(www.sinditabaco.com.br/wp-content/uploads/2024/06/PAPER-2024-Assunto-controverso-Contraponto-necessario.pdf)