A importância socioeconômica do tabaco é inegável, especialmente nos cerca de 550 municípios, onde as folhas são produzidas. Na safra 2018/2019 os números da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) mostraram que 159.320 produtores brasileiros cultivaram 713,47 mil toneladas e faturaram mais de R$ 6,6 bilhões. Nos três estados sul-brasileiros, onde a cultura é mais representativa, 149.060 produtores rurais produziram 691.613 toneladas de tabaco e tiveram rendimento de R$ 6,47 bilhões.
Porém, apesar de o tabaco ser a cultura mais estável e que mais gera renda nas pequenas propriedades, a diversificação de culturas está fazendo com que os produtores não dependam exclusivamente desse cultivo. Isso é resultado da visão empreendedora na atividade rural, onde os produtores gerenciam suas atividades de forma a ter mais de uma fonte de renda.
As estatísticas da Afubra revelaram que na safra 2018/2019 o cultivo do tabaco foi responsável por 48,87% da renda das propriedades, com redução de mais de 4% em relação à safra anterior, quando a porcentagem de renda com tabaco entre os produtores era de 53%. Outras fontes de renda das propriedades produtoras de tabaco são produção animal, milho, soja, mandioca, batata-doce, laranjas, melancias e feijão.
PEQUENAS PROPRIEDADES – Como produção agrícola de maior rendimento por hectare, o tabaco sempre foi a cultura da pequena propriedade, que proporciona renda e qualidade de vida aos pequenos produtores rurais. Atualmente, 87% dos produtores de tabaco têm até 20 hectares. No Sul do Brasil, são 53.658 famílias com um a 10 hectares (36% do total), 36.824 produtores com 11 a 20 hectares (25%), 38.144 famílias (26%) não possuem terras, 13.955 famílias com 21 a 30 hectares (9%), 5.246 produtores, com 31 a 50 hectares (3%) e apenas 1% com mais de 50 ha.