Proteger-se é a melhor atitude

Uma orientação constante do setor do tabaco é de que os trabalhadores executem suas atividades de controle fitossanitário mantendo o máximo de cuidados em relação à segurança. E, quando se trata das atividades nas lavouras, há conscientização permanente para que os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) sejam usados sempre que necessário e corretamente. Além disso, os produtores são orientados a utilizarem somente os agrotóxicos registrados pelos órgãos governamentais competentes e a realizarem a tríplice lavagem dos recipientes vazios para devolução ao Programa de Recebimento de Embalagens.

A proteção dos produtores também é tema trabalhado pelas indústrias em cursos como os que instruem sobre a Norma Regulamentadora 31 (NR-31), ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Conforme Eduardo Figueiredo Mercado, engenheiro agrônomo e supervisor da Regional Irati do Senar Paraná, um dos principais cursos realizados atualmente é sobre a NR 31.8, que é específica sobre o uso correto dos defensivos agrícolas e dos EPIs. “O EPI assume uma função fundamental na proteção da pessoa que está exposta ao defensivo agrícola”, explica.

Outro fato importante é que os EPIs atuais são mais confortáveis, feitos com tecidos leves e hidrorrepelentes. “Têm características de fabricação que possibilitam seu uso de forma segura, sem prejudicar os movimentos e protegendo a saúde”, explica Eduardo Mercado. Ele alerta ainda que os produtores devem usar os EPIs corretamente para cada função. “Na hora do preparo das caldas, é importante o uso do avental porque a exposição do produtor que manuseia é muito maior. E quando usar o pulverizador costal, o avental deve ser colocado nas costas para prevenir caso haja algum vazamento”, adverte. O especialista observa ainda que as mangas têm que estar sempre por fora da luva, assim como as calças devem ficar por cima da bota, para que, num eventual vazamento, o produto não chegue até a pele do trabalhador.

Em relação ao uso de agrotóxicos, Mercado avisa que só devem ser adquiridos produtos registrados e adequados para sua finalidade. “É preciso observar a rotulagem, ler sempre a bula do produto, ver as instruções e seguir à risca todas as recomendações”, salienta. “Uma construção com piso impermeável, própria para guardar os defensivos é importante”, acrescenta. O supervisor do Senar lembra também sobre como cuidar das embalagens de defensivos, que devem ser tríplice lavadas, perfuradas e guardadas em locais adequados e isolados de crianças, animais e gestantes até o momento da devolução aos programas de logística reversa. “Hoje o Brasil é o campeão no recolhimento de vasilhames de defensivos agrícolas e os cuidados fazem com que tenham o destino correto, virando tubos para fiação de energia elétrica na construção civil e outros usos”, diz. “Assim, o produtor contribui com o meio ambiente e com a sustentabilidade”, acrescenta.

PARA LEMBRAR

Vestimenta de colheita – EPI específico para a colheita do tabaco, a vestimenta previne contra a Doença da Folha Verde, pois o contato com as folhas úmidas pode ocasionar a absorção de nicotina, causando mal estares, tonturas e vômitos. A vestimenta de colheita foi desenvolvida pelo setor e estudos científicos comprovaram 98% de eficácia. É composta por calça, blusa e luvas de tecidos leves e impermeáveis. A calça e a blusa do EPI têm seus Certificados de Aprovação (CA) pelo Ministério do Trabalho e Emprego: de números 34.899 e 34.900, respectivamente.