A China é uma das 100 nações para onde vai o tabaco produzido nas lavouras brasileiras. Anualmente, antes dos embarques para os clientes chineses, alguns trâmites de inspeção habilitam o produto brasileiro a entrar no país asiático. A pré-inspeção é uma das exigências do atual protocolo bilateral de comércio entre Brasil e China e compreende testes laboratoriais de amostras do produto processado para comprovação da fitossanidade do tabaco brasileiro.
Neste ano, o processo de pré-inspeção e certificação pelos técnicos chineses da Administração Geral das Alfândegas da República da China (GACC) encerrou em julho e essa etapa resultou na venda de 43 mil toneladas para os chineses. Em 2017, a China figurou como segundo país que mais comprou tabaco brasileiro, gerando US$ 276 milhões em divisas, o que representou 13% do total embarcado no ano. Em 2018, devido a questões logísticas e à decisão do cliente de postergar embarques para o começo de 2019, o país figurou na terceira colocação, com US$ 165 milhões embarcados.
Por se tratar de uma missão oficial de inspeção agropecuária, feita por técnicos de outro país, técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) acompanham todo o processo de coleta e análises das amostras. E o encerramento da pré-inspeção foi marcada por evento em Santa Cruz do Sul (RS) reunindo representantes do SindiTabaco e empresas exportadoras, integrantes da GACC, do Mapa e da Universidade de Santa Cruz do Sul (responsável pelas análises laboratoriais).
Na ocasião, Liu Fuchao, supervisor da GACC, lembrou que dois grupos de inspeção estiveram na região e 60 amostras foram analisadas. Ele disse também que os técnicos chineses perceberam o empenho das empresas brasileiras em respeitar as exigências fitossanitárias do acordo, garantindo a segurança do tabaco à China.