Os empreendedores do campo que cultivam tabaco reconhecem que se trata de uma cultura que proporciona boa rentabilidade em pequenas áreas. Por isso, a ideia geral é manter a lavoura de tabaco entre as diversas atividades das propriedades diversificadas. Essa propensão foi revelada no Perfil Socioeconômico do Produtor de Tabaco da Região Sul do Brasil elaborado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) com base em estudo feito em 2016 pelo seu Centro de Estudos e Pesquisas em Administração.
A pesquisa foi realizada por amostragem com produtores de diversas regiões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná e mostrou, além do bom nível econômico e social dos produtores que produzem tabaco, também a intenção de continuar com a cultura. Mais de 85% dos entrevistados afirmaram que não havia probabilidade de deixarem de plantar tabaco pelos próximos cinco anos. O maior índice foi no RS, com 88,1% de afirmativas de manutenção da cultura do tabaco. E, entre os que disseram que no futuro possivelmente parariam de cultivar tabaco, 28,4% mencionaram a idade avançada aliada à falta de sucessão dos negócios.
Ao serem questionados sobre as motivações para continuar plantando tabaco, 89,6% dos produtores entrevistados falaram da garantia de venda do produto, 89% salientaram a boa rentabilidade e 87,5% apontaram a orientação técnica recebida.