A vestimenta verde clara, leve e impermeável, tem sido presença constante nas lavouras do tabaco. Isso porque os produtores estão se dando conta de que o uso adequado da vestimenta evita a Doença da Folha Verde, mal-estar causado pela absorção de nicotina pela pele.
A eficácia, que está sendo cada vez mais percebida nas propriedades, já era comprovada por pesquisa científica. Entre 2010 e 2011, a empresa de consultoria Planitox realizou vários testes da vestimenta em uso nas lavouras, com avaliação de cientistas, enfermeiros e químicos. A equipe, dirigida pelo médico Dr. Flávio Zambrone, observou detalhes como umidade e as possibilidades de a nicotina (que é hidrossolúvel) chegar até a pele dos trabalhadores. Com isso, foram quantificados os graus de proteção.
E o estudo comprovou cientificamente que a vestimenta de colheita assegura uma diminuição de 98% da exposição dérmica, sendo considerada altamente eficiente no controle do problema. Além disso, foram avaliados e aprovados também aspectos como a segurança operacional e o conforto térmico. A vestimenta de colheita conta ainda com o Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho de que é um Equipamento de Proteção Individual (EPI) com qualidade necessária e apto para uso.
COMO FOI DESENVOLVIDA – A vestimenta usada atualmente começou a ser desenvolvida em 2009, quando o SindiTabaco contratou o especialista em segurança do trabalho e higiene do trabalho rural, engenheiro agrônomo e de segurança do trabalho e professor da Unicamp/SP, Luiz Carlos Castanheira. Após vários estudos e experimentos, o investimento resultou em peças de tecido hidrorrepelente (nylon 100% poliamida, emborrachado e resinado) verde claro e luvas nitrílicas. Para garantir a proteção, é aconselhado que o trabalhador use também chapéu de abas largas e botas. Como não existe tratamento para a Doença da Folha Verde, a solução é se prevenir.
Veja no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=DEnv4EzDwK8