Nesse 19 de agosto nossa homenagem vai para os profissionais que resgatam e mantêm viva a história. Nos estudos sobre o tabaco, os historiadores revelaram que as folhas foram cultivadas inicialmente pelos indígenas e que a planta teria surgido nos Andes bolivianos e trazida para o território brasileiro através das migrações indígenas.
Em 1492, os companheiros de Cristóvão Colombo viram pela primeira vez os índios fumarem. Para os índios brasileiros, a planta possuía caráter sagrado, seu uso era limitado aos pajés em ritos religiosos, bem como para fins medicinais na cura de ferimentos, enxaquecas e dores de estômago. Entre os indígenas, o tabaco era consumido de diferentes maneiras (comido, bebido, mascado, aspirado e fumado), mas o hábito de fumar predominava e esta forma de consumo acabou se difundindo pelo mundo ao longo dos anos.
Segundo os historiadores, em 1530, plantas de tabaco teriam sido levadas para a Europa e cultivadas pela família real portuguesa por seu aspecto ornamental e por sua função medicinal. Em 1560, o então embaixador da França em Portugal, Jean Nicot, ao saber que a planta curava enxaquecas, a enviou para sua rainha, em Paris, Catherina de Medicis. A rainha teria iniciado o hábito de pitar, sendo imitada pelos nobres da sua corte, difundindo o costume pelos demais países da Europa. Além dos nobres, o tabaco passou a ser usado no mundo inteiro também por meio dos marinheiros e soldados (que tinham o tabaco como passatempo durante as viagens) e pelas expedições portuguesas, que levaram a planta para países da África e do oriente.
Com mercado consumidor, a planta mágico-religiosa dos índios tornou-se um produto comercial das colônias europeias. E o cultivo e comércio de tabaco no Brasil colonial passou a ter importância destacada, a ponto de já no século XVII o seu comércio ter várias legislações e taxações, sendo um dos principais produtos exportados durante o período do Império. Esta importância está marcada até os dias atuais no Brasão das Armas da República, onde o tabaco e o ramo de café constituem o coroamento deste símbolo da nacionalidade brasileira.
EVOLUÇÃO – Mais recentemente, um dos marcos evolutivos da produção de tabaco no Brasil foi a implantação do Sistema Integrado e Produção de Tabaco (SIPT), pela empresa Souza Cruz, em 1918. Desde então, o setor tem produção e demanda organizadas e a qualidade do produto fez com que o tabaco brasileiro passasse a ser cobiçado pelos clientes internacionais. Considerado um dos pilares do agronegócio do tabaco, o Sistema Integrado prima pela sustentabilidade em sua essência, econômica, social e ambiental, fortalecendo toda a cadeia produtiva. As vantagens são evidentes para todos os envolvidos. Os produtores têm garantia de venda da produção, assistência técnica e financeira e transporte do tabaco. As indústrias podem fazer planejamento de safra, contam com qualidade e integridade de produto e garantia de fornecimento. E os clientes têm fornecimento regular, qualidade, garantia ISO e rastreabilidade.