Com cerca de 85% da produção brasileira de tabaco destinada à exportação, as folhas produzidas nas lavouras dos nossos empreendedores do campo atravessam os oceanos e vão para todos os continentes. Em 2020, foram exportadas 514.287 toneladas para 113 países, rendendo 1 bilhão 638 milhões de dólares. O principal destino é a União Europeia, para onde foi 41% do tabaco, seguida pelo Extremo Oriente (24%), África/Oriente Médio (11%), América do Norte (9%), América Latina (9%) e Leste Europeu (6%). Entre os países, a Bélgica (US$ 414 milhões) foi o principal importador no ano passado, seguido da China (US$ 153 milhões) e Estados Unidos (US$ 125 milhões). Na sequência da lista dos principais clientes estão ainda a Indonésia, Emirados Árabes Unidos, Turquia e Rússia.
Segundo os dados do Ministério da Economia, as exportações diminuíram um pouco em relação ao ano anterior, com retração de 6,31% no volume e de 23,4% em dólares. Para o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, a redução era esperada, pois em 2019 os números haviam apresentado incremento de 7,6% em dólares e de 19% no volume de tabaco exportado em relação ao ano anterior (2018), devido, principalmente, a embarques postergados a pedido dos clientes. “Se considerarmos os últimos cinco anos, o volume embarcado em 2020, ficou um pouco acima da média histórica, de 494 mil toneladas. Já em relação aos dólares, a qualidade do produto e a valorização do dólar refletiram na redução do valor exportado”, diz.
ÍNDICES – Nas exportações do agronegócio brasileiro, o tabaco ocupa a oitava posição e representou 0,8% do total de exportações brasileiras e 4,1% dos embarques da Região Sul de 2020. No Rio Grande do Sul, estado que concentra aproximadamente a metade da produção da Região Sul, o produto foi responsável por 9,5% das exportações. Na Região Sul, o tabaco foi exportado em sua grande maioria pelo Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul (83,7%), seguido de Santa Catarina (16%) e Paraná (0,3%). Do total exportado em dólares, 97,4% é oriundo da Região Sul.