O cultivo de eucaliptos para uso energético na cura e secagem do tabaco é uma prática comum entre os produtores. E as técnicas estão cada vez mais modernas, possibilitando que as plantas estejam aptas para o corte em menor tempo. Isso, graças à pesquisa científica aplicada ao campo, o que tem possibilitado o desenvolvimento de variedades de rápido crescimento e a difusão de procedimentos de manejo que permitem o desenvolvimento correto para cortes antecipados.
E os produtores são parceiros no estabelecimento dessas tecnologias. Alguns deles disponibilizaram parte de suas propriedades para os experimentos em busca da excelência da floresta energética. Um desses produtores é Ernani Mueller, de Linha Cipriano de Oliveira, município de Vera Cruz (RS), onde foi implantada uma das unidades de referência do Programa Ações pela Sustentabilidade Florestal na Cultura do Tabaco, desenvolvido pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) em parceria com o curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Como parte do experimento, foram plantados mil pés de eucaliptos na propriedade de Ernani Mueller em setembro de 2019. Conforme ele, seguindo o manejo orientado pelos pesquisadores da universidade, o desenvolvimento das plantas tem sido muito melhor. “Em dois anos, os eucaliptos já estão com 15 metros de altura e poderemos fazer o corte daqui a seis anos”, conta. “Antes eu manejava errado e os eucaliptos demoravam até 12 anos para estarem prontos para uso”, explica. Entre as novas técnicas usadas por Mueller, estão a observação do espaçamento entre as plantas, a adubação e a manutenção do terreno limpo para evitar a competição com outras espécies.
A novidade mais recente no reflorestamento da propriedade de Ernani Mueller é a prática silvipastoril (Integração Lavoura Pecuária Floresta – ILPF), com a criação de animais que se alimentam das gramíneas que crescem no terreno dos eucaliptos, entre as plantas já crescidas. Produtor de tabaco há 30 anos, Mueller conta que sempre cultivou eucaliptos para a cura e secagem do tabaco, mas agora percebeu a possibilidade de aumentar a eficácia das florestas cultivadas.
Clique AQUI e veja a matéria com Mueller na SindiTabaco News (página 2). Confira também, na mesma publicação, o artigo do professor-doutor Jorge Antônio de Farias (página 4), que é o coordenador geral do Programa Ações em Reflorestamento.
SAIBA MAIS SOBRE O AÇÕES PELA SUSTENTABILIDADE FLORESTAL DA CULTURA DO TABACO:
– O objetivo do projeto Ações pela Sustentabilidade Florestal na Cultura do Tabaco é a implantação de unidades de pesquisa com quatro tipos de unidades demonstrativas de referência: reflorestamento novo, condução de rebrota, área de reforma florestal e sistema silvipastoril. Inicialmente foram implantadas 21 unidades de referência, que servem para testar novas tecnologias e difundir os conhecimentos de como maximizar os resultados na floresta de espécies de rápido crescimento.
– As unidades ficam nos municípios gaúchos de Agudo, Arroio do Tigre, Barão do Triunfo, Camaquã, Candelária, Canguçu, Chuvisca, Gramado Xavier, Lagoa Bonita do Sul, Passo do Sobrado, Restinga Seca, Santa Cruz do Sul, São Lourenço do Sul, Sertão Santana, Vale do Sol, Venâncio Aires e Vera Cruz.
Veja mais sobre o programa Ações pela Sustentabilidade Florestal na Cultura do Tabaco no canal do SindiTabaco no youtube:
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