Elas falam por todas

Para que as vozes femininas do campo sejam ouvidas e respeitadas, foi criado o programa Nós por Elas, do Instituto Crescer Legal, que valoriza, incentiva e mostra o potencial de cada uma delas. A busca da resposta à pergunta “Como olhar para um mundo com mais respeito às mulheres do campo?” é o mote do episódio “Programa Nós por Elas – A voz feminina do campo”, da websérie lançada no canal do SindiTabaco no youtube.

No vídeo de 3,08 minutos, estão depoimentos como o da egressa Maira Petry e sua mãe, Gládis Petry. Maira, que foi aprendiz de 2016/17 e participante do Nós por Elas de 2017, diz que as reflexões sobre empoderamento feminino, direitos das mulheres, busca por igualdade e combate à violência foram muito interessantes. “A sensibilidade e o conhecimento que eu adquiri me ajudam no trabalho que desenvolvo hoje, a olhar para a mulher de uma forma diferente e a falar para as mulheres os seus direitos”, conta.

Outra egressa que falou para a equipe do vídeo é Beatriz Bugs, também aprendiz de 2016/17 e participante do Nós por Elas de 2017. Ela diz que nunca havia imaginado um dia estar em uma universidade gravando programas de rádio. “Eu entrei uma pessoa e saí outra, bem melhor”, salienta. “As pessoas da comunidade também comentavam que achavam legal uma menina do interior falando no rádio”, lembra.

O PROGRAMA

A coordenadora pedagógica do Instituto Crescer Legal, Cristiana Rehbein, explica que na criação do Instituto já houve a previsão de uma ação específica para as meninas, para promover a discussão das questões de gênero relacionadas às meninas do campo. “Elas discutem temáticas e são multiplicadoras desses conhecimentos”, diz.

Já o diretor de Extensão e Relações Comunitárias da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Angelo Hoff, lembra que os laboratórios dos cursos de Comunicação Social são disponibilizados para as atividades. “Elas têm condições de produzir um conteúdo muito interessante que relata um pouco das suas próprias experiências de vida e suas perspectivas de vida”, diz. “O fato de elas exercitarem a comunicação, a desinibição, certamente trará bons frutos para a vida pessoal de cada uma delas no futuro”.

Veja o vídeo em: