Dia para ver o campo limpo

O agro brasileiro é referência mundial. E isso não se deve apenas à grande capacidade produtiva, mas também aos métodos aplicados na produção, que primam cada vez mais pelo menor impacto ao meio ambiente e à saúde do trabalhador. Nesse sentido, desde 2008, há uma data no calendário nacional para renovar os debates sobre a não poluição por agrotóxicos. É o Dia Nacional do Campo Limpo, em 18 de agosto, data que foi estabelecida pelo inpEV (Instituto Nacional De Processamento De Embalagens Vazias).

No setor do tabaco, mesmo que a cultura esteja entre as de menor uso de agrotóxicos, há uma preocupação permanente com relação ao uso seguro dos defensivos. As empresas associadas ao Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) desempenham um papel fundamental no que diz respeito à prevenção da saúde e segurança dos trabalhadores no tabaco e proteção do meio ambiente. Os produtores integrados recebem orientação constante sobre como armazenar os agrotóxicos e quais os cuidados necessários na hora do manuseio e aplicação dos produtos.

Nas propriedades, os cuidados começam pelos locais de armazenamento dos agrotóxicos, que devem ser depósitos trancados, longe de reservatórios ou cursos de água e isolados do acesso de pessoas estranhas, crianças e animais. Na hora do manuseio, a orientação é que o trabalhador esteja com os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) completos, que são botas, luvas, blusa, calça e avental. Para aplicar defensivos nas lavouras, é necessário usar também máscara, viseira facial e chapéu ou boné árabe. Após a aplicação, é preciso colocar a placa de alerta na lavoura e manter os animais afastados.

O destino das embalagens de agrotóxicos usadas nas propriedades produtoras de tabaco também é alvo de atenção especial. Depois do uso, é feita a tríplice lavagem e o líquido do triplo enxágue volta para o pulverizador e deve ser descartado na lavoura que recebeu o agroquímico. Os recipientes, após perfurados, são guardados até o dia de entrega ao Programa de Recebimento de Embalagens Vazias que percorre 1,8 mil pontos de coleta nas regiões produtoras de tabaco. Ao entregar os recipientes limpos e secos, os produtores ganham recibos, que são válidos perante os órgãos de fiscalização ambiental.

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PARA LEMBRAR – Atualmente, o tabaco está entre as culturas comerciais agrícolas que menos usa agrotóxicos. Isso ocorreu porque, ao longo dos anos, as indústrias de tabaco têm investido fortemente para a redução dos ingredientes ativos utilizados na plantação. Quatro diferentes pesquisas atestam o baixo uso de agrotóxicos no cultivo do tabaco. A mais recente delas, realizada por professores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da universidade de São Paulo (Esalq/USP) com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), aponta que o tabaco usa apenas com 1,01 quilo de ingrediente ativo por hectare.