Caminhos do tabaco: a importância para quem produz

Além de ser o produto agrícola que mais gera renda nas pequenas propriedades, o tabaco é importante também para os demais setores da economia dos municípios onde é produzido. As evidências são apontadas por lideranças municipais, como prefeitos e representantes de entidades. O presidente da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco), Marcus Vinicius Pegoraro, tem defendido, em todas as suas manifestações, a ligação da produção de tabaco com o bem-estar das populações das regiões produtoras. Conforme ele, além de o produtor rural obter renda e qualidade de vida, as administrações municipais têm arrecadações diferenciadas e setores como comércio e serviços são beneficiados com incremento na possibilidade de negócios. 

 

Pegoraro é prefeito de Canguçu (RS), município que foi o maior produtor de tabaco na safra 2022/2023, quando 4.805 empreendedores rurais produziram 21.064 toneladas de tabaco curado. Localizado no Sul do Rio Grande do Sul, Canguçu é um município do pampa gaúcho e fica em uma região onde o tabaco está entre as principais culturas das pequenas propriedades. Outros grandes produtores da região são os municípios de São Lourenço do Sul, quarto colocado no ranking da produção, com 16.374 toneladas produzidas; e Camaquã, 12º maior produtor, com 11.023 toneladas de tabaco vendidas na safra 2022/2023.

 

A relevância do tabaco é reconhecida também pelo prefeito Abimael do Valle, de São João do Triunfo (PR), município que é o segundo colocado no ranking brasileiro dos que mais produzem. “O tabaco tem uma importância econômica significativa para São João do Triunfo. As pequenas propriedades conseguem cultivar com alta rentabilidade, beneficiando as famílias rurais e impulsionando a economia local”, afirma. “Cerca de 70% da população é da zona rural, com mais de 2,3 mil famílias envolvidas na produção no campo”, conta. “Além disso, a cadeia produtiva é bem organizada, incentivando a educação das crianças e garantindo a fixação das famílias no campo com qualidade de vida,” acrescenta o prefeito. Localizado no sudeste paranaense, São João do Triunfo teve 20.058 toneladas de tabaco produzidas na safra 2022/2023, por 2.064 produtores rurais. 

 

O terceiro colocado no ranking da produção é Venâncio Aires (RS), município da região Centro gaúcha onde estão também as grandes indústrias de beneficiamento de tabaco. Na safra 2022/2023, Venâncio produziu 17.779 toneladas de tabaco por 3.530 empreendedores rurais. Outros grandes produtores da região central são Candelária, em 10º lugar na lista, com 2.777 produtores e 11.462 toneladas produzidas, e Vale do Sol, 11º colocado, com 11.345 toneladas colhidas por 2.550 produtores. E Santa Cruz do Sul, que tem em seu Distrito Industrial unidades dos maiores grupos mundiais do ramo do tabaco, é o 13º em produção no campo, com 10.780 toneladas cultivadas por 2.956 produtores.

 

20 MAIORES PRODUTORES DE TABACO

1º – CANGUÇU (RS): 21.064 toneladas (4.805 produtores)

2º – SÃO JOÃO DO TRIUNFO (PR): 20.058 toneladas (2.064 produtores)

3º – VENÂNCIO AIRES (RS): 17.779 toneladas (3.530 produtores)

4º – SÃO LOURENÇO DO SUL (RS): 16.374 toneladas (3.678 produtores)

5º – ITAIÓPOLIS (SC): 15.566 toneladas (2.712 produtores)

6º – RIO AZUL (PR): 15.225 toneladas (1.873 produtores)

7º – CANOINHAS (SC): 13.516 toneladas (2.528 produtores)

8º – SANTA TEREZINHA (SC): 12.290 toneladas (2.098 produtores)

9º – IPIRANGA (PR): 12.053 toneladas (1.671 produtores)

10º – CANDELÁRIA (RS): 11.462 toneladas (2.777 produtores)

11º – VALE DO SOL (RS): 11.345 toneladas ( 2.550 produtores)

12º – CAMAQUÃ (RS): 11.023 toneladas (2.253 produtores)

13º – SANTA CRUZ DO SUL (RS): 10.780 toneladas (2.956 produtores)

14º – PRUDENTÓPOLIS (PR): 10.276 toneladas (1.328 produtores)

15º – IRINEÓPOLIS (SC): 9.743 toneladas (1.814 produtores)

16º – IRATI (PR): 9.720 toneladas (1.088 produtores)

17º – PALMEIRA (PR): 8.912 toneladas (978 produtores)

18º – IMBITUVA (PR): 7.995 toneladas (803 produtores)

19º – DOM FELICIANO (RS): 7.689 toneladas (1.653 produtores)

20º – VIDAL RAMOS (SC): 7.618 toneladas (1.038 produtores)