Como a importância da adequação aos princípios ESG (Environmental, Social and Governance) é crescente para os negócios internacionais, a imagem do agronegócio brasileiro está cada vez mais ligado às normas de boas práticas ambientais, sociais e de governança. Esse e outros assuntos foram tratados em entrevista na publicação SindiTabacoNews (janeiro-abril) concedida pelo especialista Marcus Nakagawa, professor e coordenador do Centro de Desenvolvimento Socioambiental da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Ele é também idealizador, ex-presidente e conselheiro da Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável (Abraps) e palestrante sobre sustentabilidade, empreendedorismo e estilo de vida.
Na entrevista, Nakagawa explica que são fundamentais para o agronegócio brasileiro as questões de governança, gestão de conservação e uso máximo e bem cuidado do solo e o trabalho pelo desenvolvimento local, das questões sociais ligadas à qualidade de vida do trabalhador e à saúde e segurança. “Sair do modelo tradicional e vir a juntar tecnologia de ponta, pesquisa, desenvolvimento local e principalmente atender a todos os critérios ESG que estão sendo cobrados mundialmente”, alerta.
Além disso, conforme Nakagawa, para estar de acordo com uma boa gestão ESG, a primeira questão é estar de acordo com as leis. “As nossas leis ambientais e trabalhistas são bem elaboradas, trabalham com várias questões que ajudam no ESG. Então, minimamente, os empreendedores do agronegócio precisam estar de acordo com a lei”, explica. “O próximo passo é ir além da lei, promovendo ações para desenvolver a sociedade”, sugere. “E, num próximo momento, trabalhar com questões de desenvolvimento e liderança local, sendo exemplo nas questões ESG para outras propriedades, para outros negócios e juntos somar para as questões ligadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), às dezessete ODS que entram as questões de agricultura sustentável, economia viável, entre outros pontos”, acrescenta.
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