Jovens do campo na feira: novos horizontes

Jovens aprendizes e egressos do Instituto Crescer Legal retornaram da Expointer 2024 com novas ideias a serem amadurecidas e implementadas visando melhorias nas suas propriedades e comunidades. Nos dias 26 e 27 de agosto, o endereço do Instituto na feira foi junto ao estande Experiências Exitosas na Educação do Campo, espaço organizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag) no Pavilhão da Agricultura Familiar do Parque Assis Brasil, em Esteio/RS.

Um destaque ficou por conta dos egressos do Programa de Aprendizagem Profissional Rural, que compartilharam suas vivências com os visitantes. E neste ano, houve participação especial de meninas do Programa Nós por Elas – A voz feminina do Campo. Cristine Rafaela Nörnberg Wolter, 15 anos, e Estephany Timm Treptow, 16 anos, ambas egressas da turma de 2023 em São Lourenço do Sul/RS, entrevistaram empreendedoras de sucesso. Elas buscaram informações sobre as trajetórias de mulheres do campo até chegarem a ser parte da maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina.

Para Cristine Wolter, foi gratificante poder realizar entrevistas e falar com o público da Expointer. “Foi bem interessante observar o que os outros pensam, pois uns têm opiniões completamente diferente de outros”, contou. E Estephany acrescentou que estar na feira foi uma oportunidade muito boa por poder conversar e ter contato com diversas pessoas e aprender mais, principalmente sobre as mulheres rurais. “É uma oportunidade única e que deve ser aproveitada ao máximo”, finalizou.

Além disso, os jovens aprendizes das cinco turmas do Programa de Aprendizagem Profissional no Rio Grande do Sul tiveram suas viagens de estudo à Expointer, onde cumpriram atividades de pesquisa propostas e elaboradas junto com seus educadores do curso de Gestão Rural e Empreendedorismo. No dia 26, circularam pela feira mais de 40 aprendizes de Agudo e Novo Cabrais. E no dia 27, mais de 70 jovens rurais dos municípios de Vera Cruz, Gramado Xavier e São Lourenço do Sul visitaram diversos setores.

Laura Gomes da Siqueira, 15 anos, da turma do Instituto em Gramado Xavier/RS, esteve na feira de Esteio pela primeira vez. “Para mim, foi uma abertura de portas, vi inovação, desenvolvimento de projetos no campo e na agricultura e isso tudo vai agregar muito na minha vida”, disse. “E o melhor é termos isso junto com o Crescer Legal, que é um curso onde estou aprendendo coisas novas e desenvolvendo projetos para o meu futuro”, acrescentou. “Na Expointer se vê muitos jovens participando, o que é mais um incentivo para a gente continuar no campo e fazer coisas ainda melhores nesse meio”, finalizou.

Colega de Laura no curso de aprendizagem, José Vitor Padilha de Oliveira, 16 anos, definiu o dia de Expointer como uma vivência incrível. “Eu nunca tinha estado na feira antes e pude conhecer diversas coisas novas”, contou. “Valeu muito a pena entrar no curso para ter esses novos aprendizados. Muito obrigado ao Instituto Crescer Legal por me proporcionar essas experiências”, enfatizou.

Ampliar visão de futuro

Conforme a gerente do Instituto, Nádia Fengler Solf, a ida à Expointer é sempre um momento muito esperado pelos jovens. “As saídas fazem parte do plano do curso por serem excelentes oportunidades dentro do propósito de preparar os jovens do meio rural para o mundo do trabalho e para serem empreendedores nas suas vidas e nas suas comunidades”, explica. “Na Expointer, houve estudos de caso, planejamentos de produções para as propriedades e pesquisas de produtos e serviços adequados às realidades dos aprendizes”, relata.

Para Nádia Solf, as saídas técnicas e viagens de estudo são fundamentais na formação dos jovens por possibilitarem acesso a um mundo muito moderno do agro, a serviços, maquinários e tecnologias. “A feira proporciona um ambiente que integra empreendedores que estão tendo sucesso, construindo suas histórias de vida e sucessão”, conta. “E os aprendizes, além de tudo o que aprendem no dia a dia no curso, têm nessas viagens o aumento da sua visão de futuro e do quanto eles são agentes de transformação”, acrescenta a gerente do Instituto.