Nosso tabaco segue atravessando os mares

Com 90% da produção exportada, produto é importante na balança comercial brasileira. Em 2023, o tabaco representou 11,19% das exportações do Rio Grande do Sul.

O tabaco produzido pelos 125 mil empreendedores do campo integrados ao setor segue importante na balança comercial brasileira. Com 90% da produção destinada à exportação, o Brasil permanece, há 30 anos, na posição de maior exportador de tabaco do mundo. Em 2023, o produto brasileiro foi embarcado para 107 países em todos os continentes. Isso representa divisas e impostos para o Brasil, além da manutenção de 40 mil empregos diretos nas indústrias do setor e trabalho e renda para cerca de 500 mil pessoas no campo. 

A média das exportações dos últimos cinco anos foi de mais de 500 mil toneladas, com geração de divisas superiores a US$ 2 bilhões anuais. Os números divulgados recentemente pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC/ComexStat) são de que em 2023 foram embarcadas 512.064 toneladas, gerando ganhos totais de US$ 2,729 bilhões e o tabaco representou 0,80% do total das exportações brasileiras. Em relação ao ano anterior, o volume foi 12,45% inferior (em 2022 foram vendidas 584.861 toneladas), porém o valor em dólares foi 11,32% superior (em 2022, foram US$ 2,452 bilhões). 

Na Região Sul do Brasil, onde se concentra 95% da produção brasileira, é de onde saiu 97% das exportações de tabaco em 2023, sendo 85% do Porto de Rio Grande (RS), 12,1% de Santa Catarina e 2,9% do Paraná. No Rio Grande do Sul, estado que é o maior produtor, o tabaco constituiu 11,19% das exportações do estado no ano passado. O total dos três estados foi de 505.057 toneladas embarcadas, gerando US$ 2,66 bilhões e o produto representou 4,51% das exportações da região.

Para o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, os números continuam demonstrando a grande importância do tabaco no cenário do agro brasileiro. Os dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio mostram que, dos clientes internacionais, a União Europeia é destaque, sendo destino de 42% do total embarcado. O Extremo Oriente recebe 31% do tabaco brasileiro, seguido da África/Oriente Médio (11%), América do Norte (8%) e América Latina (8%). 

Entre os países, a Bélgica encabeça o ranking dos importadores do produto brasileiro (US$ 605 milhões), seguido da China (US$ 428 milhões), Estados Unidos (US$ 179 milhões) e Indonésia (US$ 156 milhões). Em 5º lugar estão os Emirados Árabes Unidos (US$ 121 milhões), Vietnã (US$ 92 milhões) e Turquia (US$ 91 milhões).

EXPORTAÇÕES GAÚCHAS – Os dados divulgados pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) do Rio Grande do Sul, mostram que o tabaco foi o segundo produto mais exportado em 2023, ficando atrás apenas da soja em grão. Entre janeiro e dezembro, a soma das exportações gaúchas foi de US$ 22,3 bilhões, com queda de 1,3% em relação ao ano anterior. A soja em grão manteve-se como o item mais exportado, com US$ 4,05 bilhões, seguido pelo fumo não manufaturado (US$ 2,29 bilhões) e farelo de soja (US$ 1,81 bilhão). Pelos dados do governo do Estado, os produtos que registraram as maiores altas absolutas nas exportações foram soja em grão (mais US$ 747,7 milhões; 22,6%), farelo de soja (mais US$ 328,7 milhões; 22,2%), fumo não manufaturado (mais US$ 299,7 milhões; 15,1%).

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