No dia 27 de maio, é comemorado o Dia Nacional da Mata Atlântica, data na qual, em 1960, o Padre Anchieta assinou a Carta de São Vicente, documento com a primeira descrição da biodiversidade das florestas tropicais nas Américas. Depois disso, no processo de colonização, por séculos a Mata Atlântica veio sendo derrubada de forma indiscriminada. E recentemente, já em um avançado estágio de desmatamento, legislações foram criadas visando a preservação dos remanescentes florestais.
Na produção de tabaco, que exige calor para a cura e secagem das folhas, as estufas demandam a queima de lenha. Porém, o setor agiu proativamente e há cerca de 40 anos a mata nativa das propriedades produtoras não sofre danos, pois o setor é autossuficiente no cultivo de florestas energéticas para as estufas. As ações visando a implantação do cultivo florestal iniciaram na década de 1970, com o incentivo das indústrias de tabaco para que os produtores plantassem eucaliptos e produzissem a própria lenha.
Desde então, as espécies nativas são preservadas e tem havido até ampliação dos remanescentes da Mata Atlântica em algumas regiões produtoras de tabaco. Atualmente, segundo levantamentos realizados pela Afubra, a média atual é de um quarto da área das propriedades produtoras de tabaco coberta por mata, sendo 15% com mata nativa e 10% com reflorestamento.
E agora, uma nova ação do setor foi criada para fortalecer a produção de madeira de espécies de rápido crescimento através da difusão de conhecimentos técnico-científicos. Desde 2019, o projeto Ações pela Sustentabilidade Ambiental na Cultura do Tabaco, criado pelo SindiTabaco em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), está testando e compartilhando novas tecnologias, materiais genéticos e espécies de maior produtividade e desempenho energético.
Por meio da implantação de 21 unidades demonstrativas em propriedades de 17 municípios gaúchos, estão sendo construídos conhecimentos sobre as técnicas em quatro tipos de reflorestamento: plantio novo, condução de rebrota, área de reforma florestal e sistema silvipastoril. Além disso, são produzidos vídeos com orientações sobre técnicas mais eficientes de plantio e cultivo, como planejamento, escolha da área, qualidade das mudas, aspectos legais, controles de formigas e tratos culturais.
VEJA ALGUNS DOS VÍDEOS: