Nos últimos meses, está sendo percebida uma redução do ativismo político contra a produção do tabaco no Brasil e a cultura passou a receber tratamento semelhante ao dispensado aos demais setores produtivos brasileiros. Isso ocorreu porque os governantes têm percebido a importância social e econômica da produção de tabaco, especialmente no Sul do Brasil, onde envolve aproximadamente 150 mil famílias de empreendedores rurais.
O reconhecimento da relevância do setor foi tema de entrevista com a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, na edição da SindiTabaco News que está sendo distribuída neste mês. Ao ser questionada sobre a relevância da cadeia produtiva do tabaco no contexto econômico e social brasileiro, a ministra disse que o produto tem grande importância para o Brasil. “É uma cadeia que envolve mais de 150 mil produtores brasileiros integrados e exporta para diferentes países. É um produto agrícola de alto valor agregado, gerando renda e melhor qualidade de vida para o produtor rural de tabaco. Sua produção é feita de maneira sustentável, que contribui para conservação do meio ambiente”, diz.
Em questionamento sobre a organização da cadeia produtiva do tabaco, a ministra Tereza Cristina comenta que o modelo de organização baseado em cadeias produtivas traz muitas vantagens. “Permite a resolução de problemas comuns a todas as culturas agrícolas, quando é o caso e, ao mesmo tempo, a busca de soluções específicas para uma determinada cadeia agrícola, de forma conjunta e organizada”, declara. “Esse modelo de cadeias produtivas para o agronegócio ganhou novo impulso com a criação do Departamento de Desenvolvimento de Cadeias Produtivas (Decap) no âmbito da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação (SDI), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”, conta.
E, a respeito da Produção Integrada de Tabaco (PI Tabaco), programa de rastreamento e certificação da produção, a ministra diz que são medidas que servem para consolidar ainda mais as exportações do produto. “O comércio mundial tem exigido cada vez mais produtos agrícolas obtidos de forma sustentável e com garantia de justiça social. Países que não adotarem esses conceitos de rastreabilidade e/ou certificação em seus produtos agrícolas terão mais dificuldades de se manter ou mesmo de acesso a novos mercados”, explica na entrevista.