O produtor de tabaco sabe que a quantidade de agrotóxicos utilizada na cultura é bem inferior à usada em outras lavouras, como as de soja, maçã, batata inglesa e tomate. Mas seguidamente, você se depara com afirmações associando o tabaco ao alto uso de agrotóxicos. Isso ocorre devido a equívocos de informação ocasionados, em parte, porque no passado havia maior aplicação de defensivos na cultura do tabaco.
Porém, através de altos investimentos das indústrias de tabaco em estudos e pesquisas, os agrotóxicos anteriormente usados foram substituídos por novos produtos, mais eficientes para suas finalidades de produção agrícola e de não agressão ao meio ambiente. Além disso, você percebe que os defensivos atualmente usados no tabaco são líquidos, para colocação tópica. Isso evita que sejam levados para outros locais pelo ar, como ocorre em culturas que usam agrotóxicos em pó.
Outro aspecto a ser observado é que os mitos que continuam perpetuando em relação ao uso de agrotóxicos nas lavouras de tabaco não têm qualquer embasamento científico. Já o baixo uso de defensivos no tabaco é verificado em pesquisas baseadas em dados oficiais do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontam o tabaco brasileiro como o produto comercial agrícola que menos utiliza agrotóxicos. Atualmente, apenas 1,1 quilo de ingrediente ativo é empregado por hectare.
Os dados da redução no uso de agrotóxicos na lavoura de tabaco foram apresentados também em estudos de universidades e centros especializados públicos e privados. Exemplos disso são as pesquisas conduzidas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) e pela Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade de Pelotas (Ufpel).