Tabaco brasileiro foi vendido para 113 países e somou US$ 2,977 bilhões em divisas.
No Rio Grande do Sul, o tabaco representou 12,55% do total das exportações gaúchas de 2024 e foi o segundo produto mais exportado, ficando atrás apenas da soja em grãos. Os embarques renderam US$ 2,7 bilhões ao estado gaúcho, com crescimento de 10,2% em relação a 2023. Mesmo com a redução de 9,80% na quantidade comercializada, o aumento de 22,1% no preço médio do tabaco acabou compensando. Isso reafirma a realidade incontestável de que as folhas produzidas pelos nossos empreendedores do campo geram renda, divisas e impostos, contribuindo significativamente com a economia regional e nacional.
O ano de 2024 foi marcado pela catástrofe climática de maio, que atingiu grandemente alguns setores do agro gaúcho e refletiu no recuo de 3,4% nas exportações da indústria de transformação. Conforme informações divulgadas pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), as exportações totais do estado ficaram em US$ 16,3 bilhões, numa retração de US$ 568 milhões na comparação com 2023. Porém, a produção de tabaco teve impacto mínimo, porque a enchente ocorreu na entressafra. Assim, o setor manteve seu desempenho em patamares muito positivos.
Além do Rio Grande do Sul, que é o estado brasileiro que mais produz e exporta tabaco, a relevância econômica e social da produção é significativa também nos estados de Santa Catarina e Paraná. Em 2024, o tabaco representou 5,08% do total das exportações da Região Sul, que concentra 94% da produção brasileira e 97% das exportações. A soma das vendas dos três estados da Região Sul foi de US$ 2,885 bilhões, sendo 8,43% a mais em relação aos valores de 2023. E em volume, saíram dos portos sul-brasileiros 11,59% a menos, totalizando 446.531 toneladas.
Para o Brasil, maior exportador mundial de tabaco com 90% da sua produção destinada às vendas internacionais, 2024 fechou mais um ano com sua liderança consolidada. Os dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC/ComexStat) mostram que 455.221 toneladas saíram dos portos brasileiros em direção a 113 países compradores, deixando aqui US$ 2,977 bilhões em divisas. Na comparação com o ano anterior, são 9,08% a mais no total em dólares, mesmo com redução de 11,1% no volume embarcado.
Segundo o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Valmor Thesing, a média da última década tem ficado acima de 500 mil toneladas com divisas superiores a US$ 2 bilhões. Para ele, o Brasil deve seguir sendo líder nas exportações mundiais. “Porém, para manter a qualidade e integridade do nosso produto, é preciso fortalecer o Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT)”, alerta. “A conscientização de todos os elos da cadeia produtiva sobre aspectos fitossanitários, de qualidade e integridade do produto e de responsabilidade social e ambiental fortalecem o nosso setor”, diz.
Segundo o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Valmor Thesing, a média da última década tem ficado acima de 500 mil toneladas com divisas superiores a US$ 2 bilhões. Para ele, o Brasil deve seguir sendo líder nas exportações mundiais. “Porém, para manter a qualidade e integridade do nosso produto, é preciso fortalecer o Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT)”, alerta. “A conscientização de todos os elos da cadeia produtiva sobre aspectos fitossanitários, de qualidade e integridade do produto e de responsabilidade social e ambiental fortalecem o nosso setor”, diz.
PRINCIPAIS PAÍSES IMPORTADORES
1º – Bélgica (US$ 639 milhões)
2º – China (US$ 585 milhões)
3º – Estados Unidos (US$ 255 milhões)
4º – Egito (US$ 235 milhões)
5º – Indonésia (US$ 139 milhões)
6º – Vietnã (US$ 136 milhões)
PRINCIPAIS MERCADOS – Dos compradores do tabaco brasileiro em 2024, o Mercado Europeu recebeu 34% do total embarcado e mesma porcentagem foi enviada ao Extremo Oriente. Em seguida, aparece África/Oriente Médio (15%), América do Norte (9%) e América Latina (8%).
PARA LEMBRAR – Em 2023, as exportações brasileiras de tabaco foram de US$ 2,729 bilhões e superaram os valores do ano anterior em 11,32%. Em relação ao volume, foram embarcadas 512.064 toneladas, sendo 12,45% a menos do que no ano anterior. Na Região Sul, em 2023, o tabaco exportado rendeu US$ 2,66 bilhões com a venda de 505.057 toneladas.