Entre os formandos das turmas de 2024 do Instituto Crescer Legal, 72 fizeram seus projetos finais direcionados à diversificação e melhorias na propriedade.
A cada ano, os projetos finais das turmas do Programa de Aprendizagem Profissional Rural do Instituto Crescer Legal surpreendem pela qualidade das pesquisas e maturidade nas escolhas dos temas estudados. Entre os formandos de 2024, 72 projetos estão diretamente ligados à sucessão rural, sendo 59 propostas de diversificação, 12 de melhorias na estrutura da propriedade e um de criação de pomar comunitário. Além disso, 26 projetos são de empreendimentos, na maior parte deles direcionados a investimentos em negócios no campo. Há ainda 56 projetos de carreira profissional, sendo alguns em atividades agrícolas e outros em áreas diversas.
A elaboração dos projetos faz parte do conteúdo pedagógico do curso de Gestão Rural e Empreendedorismo, que propõe aos participantes o desenvolvimento de planos viáveis, com possibilidade de aplicação prática. Após a definição individual dos objetivos, os aprendizes partem para os estudos e pesquisas seguindo a sistemática proposta. E, ao final, apresentam seus trabalhos em seminários nas suas comunidades, para familiares, convidados, potenciais parceiros e equipe do Crescer Legal.
Conforme Nádia Fengler Solf, gerente do Instituto, a metodologia do Programa de Aprendizagem busca incentivar os jovens do campo para que ampliem suas visões de mundo e analisem as diversas possibilidades de sucesso profissional e pessoal. “Ao final de cada ano, se percebe o desenvolvimento dos jovens, que constroem habilidades e conhecimentos para elaboração de planos de vida e planejamento visando a implementação imediata ou a médio prazo”, conta. “E, no nosso programa de acompanhamento de egressos, percebemos que a maior parte deles coloca os projetos em prática”, acrescenta.
No rol dos projetos dos aprendizes de 2024, chama a atenção a elaboração de planos relacionados à implantação de melhorias tecnológicas nas propriedades dos aprendizes, sendo, por exemplo, seis propostas relacionadas à implantação de energia solar. Outros projetos são de irrigação inteligente, automatização da piscicultura, aproveitamento da água da chuva, poços artesianos, cisternas, aprimoramento da produção de ovos e construção de silo. Em relação à diversificação, as ideias são muitas, indo de agroindústrias, frutas e hortaliças, à pecuária e produção de feijão, viveiro de mudas, jardinagem, erva mate, mel e ovos.
Entre os jovens que fizeram estudos caracterizados como empreendimentos, estão planejamentos de negócios nas suas comunidades e municípios, como oficinas mecânicas, eletrônica, barbearias, produção de alimentos, velas artesanais, turismo, estabelecimentos de lazer rurais, petshop, salões de beleza, floriculturas e plantas medicinais. E os projetos relacionados a carreira profissional vão de profissionalização para permanência na atividade rural – como técnico agrícola, orientador agrícola, agronomia e medicina veterinária – a medicina, odontologia, direito, psicologia, operador de máquinas, informática, engenharia civil, radialista, carreira militar, polícias, segurança, caminhoneiros, mecânico, vigilante rural, artes visuais, biologia, logística, enfermagem, gestão em recursos humanos, manicure e pedicure, contabilidade, educação física, gastronomia, administração, pedagogia, química e futebol profissional.
SAIBA MAIS – Iniciativa do SindiTabaco e suas empresas associadas, o Instituto Crescer Legal atua com o objetivo de levar oportunidades de qualificação aos adolescentes do meio rural, sendo mais um instrumento do setor do tabaco no combate ao trabalho infantil. Prestes a completar 10 anos, o Instituto já certificou mais de mil jovens aprendizes do campo no seu Programa de Aprendizagem Profissional Rural, pelo qual adolescentes do campo são contratados de acordo com a Lei da Aprendizagem para que frequentem o curso de Gestão Rural e Empreendedorismo, recebendo salário proporcional e demais vantagens trabalhistas. Outras iniciativas do Instituto são o Programa Nós por Elas – A voz feminina do campo, o Programa de Acompanhamento dos Egressos e o Programa Boas Práticas de Empreendedorismo para a Educação.
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