Plenária sobre os artigos 17 e 18 é adiada para sábado em Moscou

17 . OUT . 2014 Releases

Moscou (Rússia), 17 de outubro 2014 – A discussão sobre os artigos 17 (diversificação) e 18 (proteção ao meio ambiente e à saúde das pessoas) da Convenção-Quadro para o Controle de Tabaco (CQCT) foi adiada para o sábado, 18 de outubro, último dia de trabalho da 6ª Conferência das Partes (COP6) que acontece na Rússia desde segunda-feira (13). Uma comitiva de mais de 15 representantes do setor produtivo acompanha o desenrolar dos trabalhos que podem afetar o mercado de tabaco brasileiro.

Na última quarta-feira (15), o chefe da delegação oficial brasileira, Carlos Cuenca, do Ministério de Relações Exteriores, já havia manifestado que o documento-base sobre artigos 17 e 18 foi exaustivamente debatido pelo respectivo grupo de trabalho. O consenso deste grupo menor é de que o documento estaria pronto para ser discutido em plenária geral nesta sexta-feira, o que não ocorreu. Segundo Cuenca, o debate ficou para o sábado (18) e a tendência é de que o documento proposto pelo grupo de trabalho seja aprovado.

O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, está em Moscou e avalia de forma positiva a presença da comitiva brasileira. Apesar de não poderem participar nem como ouvintes das discussões, os representantes do setor ficam a par do que foi discutido por meio da delegação oficial brasileira, composta por representantes do governo e chefiada por Cuenca, que se reuniu brevemente com o grupo após as sessões. Segundo ele, o documento garantirá a participação dos produtores durante a implementação dos artigos. “Está clara a cooperação da representação dos produtores em todo o processo, o que por si só já é um aspecto positivo considerando que até hoje no Brasil a Afubra e as federações não tinham sido diretamente envolvidas”, analisa Schünke.

Além disso, questões relacionadas ao crédito e à responsabilização da indústria foram redigidas de forma mais branda, o que o setor também avalia positivamente. Schünke acredita que mais uma vez a participação da comitiva com representantes do setor de tabaco brasileiro foi fundamental para conseguir alguns dos avanços conquistados no desenrolar dos trabalhos. “Apesar de não podermos participar das reuniões como ouvintes, conseguimos acompanhar nos bastidores. Os avanços foram significativos, mas muito em virtude da pressão que foi feita pela comitiva que está acompanhando os trabalhos na Rússia”, pondera o executivo.

SAIBA MAIS SOBRE A COP6