JTI investe em projeto de restauração da Casa das Artes Regina Simonis

3 . JAN . 2012 Saiu na mídia

Empresa vai custear projeto de reconversão de uso e restauração para que possa ser iniciada a captação de recursos

Santa Cruz do Sul (RS) (15 de dezembro de 2011) – A Casa das Artes Regina Simonis, considerada um dos prédios históricos mais importantes de Santa Cruz do Sul, ganhou uma importante aliada na luta pela sua preservação. A Japan Tobacco International (JTI) anunciou hoje, durante café da manhã no Quiosque da Praça, que vai financiar o projeto de reconversão de uso e restauração proposto pela Associação Pró-Cultura de Santa Cruz do Sul. Conforme o vice-presidente da JTI para a América Latina, Eduardo Renner, a empresa vai investir, inicialmente, R$ 160 mil para a realização dos estudos iniciais e do Projeto Arquitetônico de Restauração. “Sabemos da importância deste prédio para a história do município e queremos contribuir para a sua preservação”, destacou Renner.

O prédio, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE) e cedido em comodato pelo Governo do Estado à Associação Pró-Cultura de Santa Cruz do Sul em abril de 1994, ocupa privilegiada posição de marco urbano, localizado na esquina das ruas Marechal Floriano Peixoto e a Júlio de Castilhos. Considerado um dos mais expressivos exemplos da arquitetura eclética na cidade, o prédio já motivou diversas campanhas de manutenção e revitalização. “É um patrimônio de inestimável valor sentimental, histórico e artístico para a comunidade santa-cruzense, mas que encontra-se atualmente bastante desgastado pela ação do tempo”, destaca o arquiteto Ronaldo Wink.

Com operações no Brasil desde novembro de 2009, após a aquisição das unidades da KBH&C Tabacos e Kannenberg e Cia Ltda., a JTI quer estreitar cada vez mais o seu relacionamento com a comunidade santa-cruzense. “A importância histórica e sociocultural do prédio para a comunidade local e regional é incontestável. Por isso, a JTI vai alavancar este antigo sonho da comunidade e viabilizar o projeto de restauração e adequação das dependências, visando transformar o prédio em um verdadeiro centro cultural”, enfatizou o gerente de Assuntos Corporativos da JTI, Flávio Goulart.

PROJETO – Com o investimento da JTI, a Associação Pró-Cultura de Santa Cruz vai iniciar os estudos para a viabilização da obra. Entre as etapas que antecedem o Projeto Arquitetônico, ainda estão a verificação da legislação técnica de proteção ao patrimônio arquitetônico e os contatos com o Iphae. “Após a elaboração do projeto de restauração e dos projetos técnicos complementares, de mobiliário e equipamentos, vamos registrar o projeto junto às Leis de Incentivo à Cultura estadual e federal e iniciar a captação dos patrocínios para a obra”, enfatiza Wink.

Para o desenvolvimento do projeto, a diretoria da Associação Pró-Cultura, optou por convidar os profissionais que sempre estiveram envolvidos com a entidade. Além do arquiteto Ronaldo Wink, também integram a equipe os arquitetos Milton Roberto Keller, Ana Irene Baumhardt e Vera Lúcia Schultze (com larga experiência em projetos desta natureza) e pelo engenheiro Luis Eduardo Vieira Leitão. A estimativa inicial aponta que o projeto de restauração total tenha um custo de aproximadamente R$ 2 milhões. “A JTI mostra a que veio, investindo em cultura. Queremos dividir com toda a comunidade esta conquista, que é um verdadeiro presente de Natal”, comemorou a presidente da Pró-Cultura, Maria Celita Scherer.

HISTÓRIA – A construção do prédio iniciou no final de 1920 com o objetivo de sediar a filial do Banco Pelotense na cidade, inaugurado em 1922. Após a falência do Banco Pelotense, em 1931, o prédio foi ocupado pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul. Ao longo das décadas sofreu várias intervenções que acabaram por descaracterizar a edificação, principalmente em sua área interna.

Fonte: Four Comunicação / Foto: Junio Nunes