Data estimula reciclagem das embalagens vazias de agrotóxicos

16 . AGO . 2016 Imprensa

Ao mesmo tempo em que preserva o meio ambiente, a devolução das embalagens vazias de agrotóxicos permite a reciclagem dos recipientes e o retorno ao sistema produtivo como matéria-prima para empresas recicladoras. Entre as diversas destinações de uso a que podem ser submetidas, está a da construção civil, por meio da produção da chamada madeira plástica, conduítes para fiação elétrica e dutos corrugados. Pode também ser utilizado na confecção de embalagens para óleo combustível e novas embalagens para agrotóxicos.

Idealizado pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV), em 2008, como forma de mobilizar todos os envolvidos no programa de destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos, o Dia Nacional do Campo Limpo é celebrado nesta quinta-feira. O principal objetivo da data, comemorada todos os anos no dia 18 de agosto, é a reflexão sobre a preservação do meio ambiente, bem como a saúde e segurança de produtores rurais. A data também é motivo para apontar os bons resultados dos programas de destinação de embalagens vazias de defensivos agrícolas em todo o País, que destinam as embalagens coletadas às centrais de recebimento e triagem credenciadas pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV).

Na Região Sul do Brasil, um programa pioneiro auxilia a manter o Brasil como referência e exemplo para o mundo. Trata-se do Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxico, promovido pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e empresas associadas, em parceria com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). Criado no ano 2000, o programa antecedeu a legislação de 2002, o decreto federal 4.074/2002, que prevê a devolução das embalagens às suas respectivas origens.

Com 16 anos, o programa é sucesso entre os produtores de tabaco: 563 municípios do Rio Grande do Sul e Santa Catarina são atendidos pela coleta itinerante que percorre 2,3 mil pontos de recebimento na zona rural. O programa beneficia um universo de 130 mil produtores de tabaco gaúchos e catarinenses, com comodidade e segurança na devolução dos recipientes tríplice lavados em pontos de coleta localizados próximos de suas propriedades. Ao todo, oito regiões produtoras de tabaco fazem parte do roteiro. A partir do dia 23 de agosto, o programa itinerante percorre o Oeste catarinense. Veja os pontos de coleta

Os produtores são avisados com antecedência e dois caminhões com equipes preparadas para este tipo de coleta percorrem os municípios para recolher as embalagens tríplice lavadas, transportando-as então para os postos credenciados pelo InpEV. Quem adere ao programa e entrega as embalagens tríplices lavadas, ganha recibos – fundamentais para apresentação aos órgãos de fiscalização ambiental. Além de preservar o meio ambiente, o produtor assegura a saúde e a segurança da sua família, bem como atende a legislação.

“É importante lembrar que os investimentos em pesquisas realizados pelas empresas tornaram a lavoura de tabaco brasileira a cultura de interesse econômico que menos utiliza agrotóxico”, destaca o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke. De acordo com pesquisa conduzida pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP), o tabaco está entre aquelas que utilizam menos ingredientes ativos por hectare, em torno de 1,1 kg de IA/HA.

* Banco de Imagens SindiTabaco