CERTIFICAÇÃO – Formados os primeiros responsáveis técnicos para o projeto-piloto da PI Tabaco

9 . MAR . 2015 Releases

Carlos Tillmann, presidente da Comissão Técnica PI Tabaco; Iro Schünke, presidente do SindiTabaco; e Claudimir Rodrigues,
vice-presidente do SindiTabaco, participaram da programação do curso.

 

Março 2015 – Após realizar o 1º Curso de Capacitação de Auditores, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com o apoio do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) formou nesta sexta-feira, 06 de março, a primeira turma de Responsáveis Técnicos (RTs) que vão atuar no campo para acompanhar a Produção Integrada do Tabaco e o cumprimento às Normas Técnicas Específicas para obtenção da certificação inédita.

O curso promovido de 02 a 06 de março, envolveu profissionais das áreas de campo das empresas associadas ao Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco). Realizado em Santa Cruz do Sul (RS) sob a coordenação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e a gestão do SindiTabaco, a programação contou com a parceria da Afubra (Associação dos Fumicultores do Brasil), das Federações de Agricultura e de Trabalhadores na Agricultura dos três estados do Sul (Farsul/Fetag, Faesc/Fetaesc e Faep/Fetaep) e da Embrapa.

O trabalho dos RTs será o de acompanhar os produtores que aderirem à PI Tabaco, observando se as normas básicas de boas práticas agrícolas estão sendo cumpridas. Elas se subdividem em diferentes áreas temáticas, como capacitação, organização de produtores, recursos naturais, material propagativo, etc., e contemplam atividades obrigatórias, recomendadas ou proibidas. “A adesão por parte dos produtores e da indústria é voluntária, caracterizando-se como um diferencial competitivo. Já temos empresas e produtores interessados e nosso objetivo é iniciar o projeto-piloto ainda este ano para exportar tabaco certificado em 2017″, estima o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke.

Segundo Carlos Tillmann, presidente da Comissão Técnica da PI Tabaco, a estrutura técnico-operacional de suporte ao sistema é composta por Normas Técnicas Específicas, Grade de Agrotóxicos, Cadernos de Campo e Manual de Boas Práticas Agrícolas, além de Programa Integrado de Pragas e Listas de Verificação de Campo e de Beneficiamento. “Cabe lembrar que a adesão à PI Tabaco é voluntária, porém quem optar pelo sistema terá que cumprir rigorosamente as normas estabelecidas. Assim, se todas as etapas forem cumpridas adequadamente, ao final do processo o tabaco recebe o selo Brasil Certificado, chancelado pelo Inmetro”, afirma Tillmann.

Grupo vai acompanhar produtores no projeto-piloto para a certificação do tabaco brasileiro.

 

SAIBA MAIS – O Sistema de Produção Integrada é um procedimento normatizado de produzir de forma segura, com menor impacto ambiental, maior responsabilidade social e rastreabilidade garantida. Atualmente, 19 produtos brasileiros possuem normas de PI publicadas – abacaxi, banana, caqui, caju, coco, limão, laranja, tangerina, figo, goiaba, maçã, mamão, manga, maracujá, melão, morango, pêssego tabaco e uva – que podem ser certificadas se o produtor seguir corretamente todas as etapas da Norma Técnica Especifica (NTE) da respectiva cadeia produtiva, conforme estabelece o Sistema de Produção Integrada. A Instrução Normativa (IN 27) que regulamenta a PI do Tabaco foi publicada no Diário Oficial da União em 11 de agosto de 2014. A partir da certificação torna-se viável comprovar a origem e os métodos empregados na geração dos produtos, por meio de registros formais e auditáveis, sobre princípios de sustentabilidade dos sistemas produtivos e sua relação direta com as demandas social, ambiental e econômica.

SOBRE A CADEIA PRODUTIVA – O Brasil é o segundo maior produtor mundial de tabaco e líder em exportações desde 1993, em função da qualidade e integridade do produto. Segundo dados do SindiTabaco, em 2014, o produto representou 1,11% do total das exportações brasileiras, exportando para cerca de 100 países, com US$ 2,5 bilhões embarcados. O volume total produzido chegou a 754 mil toneladas, sendo que 52% foram produzidos no Rio Grande do Sul, 29% em Santa Catarina e 19% no Paraná, gerando cerca de 30 mil empregos diretos nas empresas do setor instaladas na região Sul do País.